segunda-feira, novembro 26, 2012

Bolsas de Mestrado e Doutorado em Engenharia


Projeto de pesquisa apoiado por FAPESP e ETH Bioenergia e conduzido na UFSCar recebe inscrições até 30 de novembro de interessados (foto:E.Cesar)

O projeto de pesquisa "Estudo de Processos Integrados de Produção e Recuperação de Etanol 1G", apoiado pela FAPESP e pela ETH Bioenergia, oferece bolsas de mestrado e doutorado em Engenharia Química.
 
Os temas são:

1) Estudo da recuperação de solvente por destilação instantânea de equilíbrio (mestrado); 

2) Estudo de absorção de etanol de gás carbônico em diferentes solventes (mestrado); 
3) Integração dos processos de produção e recuperação de etanol 1G (doutorado); 
4) Fermentação extrativa utilizando solventes orgânicos (doutorado).

Os candidatos devem ter, preferencialmente, formação em Engenharia Química (graduação e/ou mestrado).

Os candidatos deverão se inscrever no Processo Seletivo do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da Universidade Federal de São Carlos (PPG-EQ/UFSCar) até o dia 30 de novembro de 2012 para ingresso no primeiro semestre de 2013.

Mais informações: temas 1, 2 e 3, com Marco Giulietti (giulietti@ufscar.br), Luiz Fernando de Moura (mouralf@ufscar.br), André Bernardo (abernardo@ufscar.br), e tema 4, com Alberto Colli Badino Junior (badinojr@ufscar.br) ou Antonio José Gonçalves da Cruz (ajgcruz@ufscar.br).
 
 Fonte Agência FAPESP

quarta-feira, novembro 21, 2012

IAB e CAU se manifestam contrários à contratação de empresa de Cingapura para planejamento de Brasília

Instituições afirmam que processo poderia ser feito por concorrência ou concurso internacional

Aline Rocha

Gary Yim/Shutterstock
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF) se manifestaram contrários à contratação da empresa Jurong Consultants, de Cingapura, para a realização do projeto Brasília 2060, que, de acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), fará um planejamento estratégico da cidade para os próximos 50 anos. 

Em comunicado oficial, o IAB afirma que o planejamento de Brasília não pode ser feito por uma empresa estrangeira que desconheça a cultura do Brasil. Além disso, o instituto diz estranhar o fato da contratação não ter acontecido por meio de concurso ou licitação.

Assim, o IAB pediu ao GDF que a contratação fosse interrompida, afirmando estar à disposição para colaborar em um novo processo de escolha da empresa que participará do Brasília 2060. 

Já o CAU-DF enviou um ofício ao GDF pedindo esclarecimentos a respeito da contratação, como, por exemplo, os critérios adotados na escolha da Jurong Consultants. O conselho também acredita que o Brasil possui profissionais de arquitetura e urbanismo qualificados para trabalhar no planejamento estratégico de Brasília. 

O órgão afirma que o processo poderia ser realizado na forma de concorrência internacional, dando oportunidades para empresas nacionais e estrangeiras. Além disso, diz que a contratação foi uma medida arbitrária por ir contra a Lei de Licitações nº 8.666, que exige que os serviços para a administração pública sejam contratados por meio de processo licitatório. Para ler o comunicado do CAU-DF na íntegra, clique aqui.

Fonte: PINIweb

Há quem sonhe com um golpe

O absoluto desrespeito institucional que significa classificar a Suprema Corte do País como tribunal de exceção por causa do julgamento do mensalão é despropósito que beira o golpismo. Mais absurdo ainda é verificar que essa tentativa de golpear uma das instituições fundamentais do sistema democrático é explicitamente estimulada pelo partido que há mais de uma década exerce - inclusive pelos meios ora judicialmente condenados - a hegemonia política no plano federal: o PT.

Na véspera da comemoração do Dia da República, o diretório nacional do PT divulgou nota oficial em que define sua posição a respeito do julgamento pelo STF, ainda em andamento, da Ação Penal 470, no qual já foram condenados por crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha os então dirigentes do partido, de direito e de fato, que urdiram e executaram a trama criminosa da compra de apoio parlamentar dos principais líderes dos "300 picaretas" que dominam o Congresso Nacional, segundo memorável julgamento feito por Luiz Inácio Lula da Silva em 1993 - quando ainda estava muito longe do Palácio do Planalto.

O argumento central da nota oficial petista é de que o STF fez um "julgamento político" com a intenção deliberada de "criminalizar o PT": "Trata-se de uma interpretação da lei moldada unicamente para atender à conveniência de condenar pessoas específicas e, indiretamente, atingir o partido a que estão vinculadas". Ou seja, os ministros do Supremo, que, em ampla maioria foram nomeados pelos governos do PT, estariam conspirando para acabar com o partido a quem devem as togas que envergam. Para tanto, não se constrangem, segundo a nota, em desrespeitar "garantias constitucionais" e instalar "um clima de insegurança jurídica"; de lançar mão de "uma teoria nascida na Alemanha nazista" (a teoria do domínio do fato); de adotar a "noção de presunção de culpa em vez de inocência".

Além disso, alegam os petistas, os ministros "confirmaram condenações anunciadas, anteciparam votos à imprensa, pronunciaram-se fora dos autos e, por fim, imiscuíram-se em áreas reservadas ao Legislativo e ao Executivo, ferindo assim a independência entre os poderes". Em outras palavras: os ministros do STF estão tendo um comportamento condenável.

Ao divulgar a nota à imprensa, o iracundo presidente do PT, Rui Falcão, reforçou todos os argumentos contidos no documento, mas, pressionado a opinar se não há nada de positivo que se possa extrair do julgamento do mensalão, meteu os pés pelas mãos e contradiz-se ao apelar para o mantra petista segundo o qual este é hoje um país em tudo muito melhor do que antes: "As instituições estão funcionando legalmente". Não há registro de que algum impertinente tenha perguntado: "Inclusive o STF?".

Para todos os efeitos, a liderança petista dá a entender que a nota de 14 de novembro encerra o assunto. É indisfarçável a intenção de preservar o partido do prolongamento de uma polêmica que o faz sangrar em público. Mas os termos da nota e a intenção dissimulada dos dirigentes petistas - além dos apelos dos próprios condenados - estimulam as alas radicais do partido e das organizações sociais que o apoiam a atuar com a "mão do gato", mobilizando-se em "defesa do PT".

Exemplo claro é a atitude do esquerdista radical Markus Sokol, integrante do diretório nacional do PT, para quem existe "insatisfação na base do partido" e por isso se impõe a realização de atos públicos para "manifestar repúdio" ao julgamento do STF. E afirma, escancarando intenções golpistas: "Para além do apenamento, há uma agressão ao PT. Se ficar sem resposta, outras organizações que incomodam a elite dominante não poderão se sentir garantidas".

Por sua vez, a "Consulta Popular", organização que alega reunir representantes de 17 Estados, ao final de uma reunião plenária de três dias conclamou à luta "pela revogação das condenações e das penas ilegalmente impostas". Não fica claro no documento, diante do princípio da independência e autonomia dos poderes, a quem caberá a responsabilidade de "revogar" as condenações e as penas. Talvez um Ato Institucional?


Fonte: O Estado de S. Paulo

A revanche dos espaços públicos


Jan Gehl, arquiteto que planejou recuperação do centro de Copenhague, sustenta: movimento para recuperar convívio urbano veio para ficar — e está se espalhando pelo planeta

“Se você perguntasse aos habitantes de Copenhague, vinte anos atrás, por que iam ao centro da cidade, responderiam que para comprar. Hoje, diante da mesma pergunta, dirão que… por desejo”. Conhecido internacionalmente como o arquiteto que começou a remodelar o centro da capital dinamarquesa nos anos 1960, ao transformar uma avenida em rua para pedestres, Jan Gehl está otimista. Ele enxerga uma virada, nos últimos anos. Abandonados no tempo em que a cultura do automóvel mais se expandiu, os núcleos centrais de grandes metrópoles estão se revitalizando. Não é um movimento funcional: ninguém mais depende dos espaços públicos para se abastecer. Mas há, em todas as partes do mundo, nota Gehl, uma reapropriação dos lugares em que se pode con-viver.

O arquiteto, que completou 75 anos, expôs sua hipótese ao site norte-americano Alternet, numa entrevista recente. Ele explica: há cem anos, muito menos capazes de se deslocar pelo mundo, as pessoas recorriam a mercados, ruas de comércio, parques, praças e igrejas. Porém, a popularização dos automóveis encurtou as distâncias, ao longo do último século, transformando rapidamente a estrutura das cidades e os costumes dos que vivem nelas. Ao deixarem de ser essenciais, os espaços públicos urbanos perderam força. Em alguns lugares, praticamente desapareceram. São comuns cidades que cresceram sem parques, calçadas apropriadas, praças e lugares de convivência.

Foi uma conquista contraditória. Ao mesmo tempo em que se tornou possível alcançar lugares mais distantes, as ruas ficaram mais perigosas para pedestres e ciclistas. Aos poucos, o modelo passou a prejudicar também motoristas - aprisionados em automóveis com motores velozes, que se arrastam por avenidas suntuosas e… paralisadas.

A nova mudança, agora em sentido contrário, surgiu nos últimos anos. Existem iniciativas pelo ressurgimento dos espaços públicos em diversas partes do mundo. Vão muito além da própria Copenhague ou de Barcelona, que reconstruiu rapidamente os espaços de reunião após a queda da ditadura de Francisco Franco. Alguns exemplos: em Melbourne, na Austália, num esforço para deixar as ruas mais amigáveis para pedestres, calçadas foram alargadas; as margens do rio de Córdoba (na Argentina) foram transformadas em parques populares; Curitiba inovou com um sistema de ônibus rápido, livre ao menos em parte do trânsito; em Portland (EUA), a demolição de uma enorme garagem, transformada em praça, inaugurou a reconstrução de um centro vibrante…

 
Festa Junina no Minhocão, São Paulo, 01/07/2012 – um caso de reocupação social das ruas

Em boa medida, o movimento é impulsionado por lutas sociais urbanas. É o caso das bicicletadas, que acontecem em diversas cidades do mundo (e do Brasil) e reivindicam um trânsito mais justo e humano.

Para Jan Gehl, a chave para a retomada dos espaços públicos e da vida comunitária é entender que as pessoas têm, hoje, mais opções de lugares para ir do que antes. Isso amplia a exigência pela qualidade do espaço. E não apenas uma qualidade estética, que muitas vezes acaba escondendo a função básica do lugar. O arquiteto aponta doze passos para um espaço público agradável: entre eles, proteção contra o tráfego, lugares para exercício, prédios construídos em escala humana, árvores, rios, segurança e mobiliário urbano de qualidade.

Por Gabriela Leite
publicado em: http://rede.outraspalavras.net/pontodecultura/2012/08/14/a-revanche-dos-espacos-publicos/

quinta-feira, novembro 08, 2012

Dia Mundial do Urbanismo

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Parabéns a todos os Urbanistas!

O Dia Mundial do Urbanismo é comemorado em 08 de Novembro, data comemorativa decretada pela Organización Internacional del Dia Mundial del Urbanismo, fundada em 1949 na Argentina pelo professor Carlos Maria Della Paolera, da Universidade de Buenos Aires. O intuito da comemoração é realizar eventos para discutir teoricamente o Urbanismo como área de conhecimento, por meio de conferências, exposições de trabalhos, artigos, dentre outras atividades em todo o mundo.

Carlos Maria Della Paolera criou também o emblema do urbanismo que simboliza uma trilogia de elementos naturais essenciais à vida humana: o sol (representado em amarelo), a vegetação (representada em verde) e o ar (em azul).

Referências