segunda-feira, outubro 29, 2012

Projeto Azul montará sistema inédito de monitoramento oceânico


Projeto Azul montará sistema inédito de monitoramento oceânico












Projeto Azul

A Bacia de Santos, área onde se encontram campos de petróleo em camadas do pré-sal, será estudada por meio de um sistema inédito de monitoramento oceânico.

As informações contribuirão para a segurança e eficiência das operações de exploração do petróleo e para ampliar o conhecimento e a preservação do meio ambiente.

A iniciativa, batizada de Projeto Azul, é da Coppe/UFRJ em parceria com uma empresa privada.

Os pesquisadores da Coppe pretendem integrar a plataforma a outros sistemas já existentes na Europa e nos Estados Unidos.

"Teremos no final um modelo vivo da região. Com todas as informações, vamos conhecer melhor o oceano, podendo estar dentro da água sem se molhar," disse o professor Luiz Landau, coordenador do projeto.

Robôs e satélites

Durante três anos, o Projeto Azul vai coletar informações sobre a dinâmica das correntes oceânicas, temperatura, salinidade, PH, oxigênio dissolvido, clorofila, cor e matéria orgânica, entre outros parâmetros.

Para isso serão utilizados robôs mergulhadores (seaglider), derivadores (boias acopladas com medidores), perfiladores (que medem, dentre outros parâmetros, o perfil das correntes principalmente em águas profundas) e imagens de satélite.

As correntes oceânicas e os parâmetros da oceanografia química da região serão estudados até a profundidade de dois mil metros.

A proposta é montar um grande organizador de informações, utilizando o supercomputador da Coppe, cujos dados serão enviados para o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Vazamentos de óleo

O Projeto Azul será útil também no gerenciamento de eventuais vazamentos de óleo.

Conhecendo previamente o padrão das correntes é possível rastrear manchas de óleo no mar, apontando a direção do deslocamento, para que se atue de forma rápida e eficaz para contenção e dispersão do óleo, minimizando impactos.

A iniciativa também inova ao disponibilizar as informações em tempo real para outras universidades e centros de pesquisa.

Fonte: Inovação Tecnológica

domingo, outubro 28, 2012

XVII COBREAP

Florianópolis SC - 14 a 18 de outubro de 2013
Regulamento 
Veja o regulamento completo para o Cobreap 2013.

segunda-feira, outubro 22, 2012

A zelite

João Ubaldo Ribeiro

Vejamos aqui, que novidades há, neste que espero ser um domingo ensolarado e ameno, em que o distinto leitor e a cativante leitora (cartas sobre como estas designações são machistas devem, por caridade, ser encaminhadas ao editor) possam tirar muito proveito do que ainda nos dadiva a Natureza? Não muitas, acho eu. Talvez as novidades mesmo estejam nas páginas de medicina ou ciência dos jornais, onde sempre anunciam o sensacional estudo que desmente outro sensacional estudo de anos atrás, como acontece principalmente em relação a alimentos. A notícia mais recente, se não me trai outra vez a vil memória, é a respeito do camarão. Parece que aboliram a vingança do camarão. A vingança do camarão estava em que o freguês podia comê-lo, mas, em compensação, o colesterol entrava em órbita. Agora não mais, pelo menos até realizarem novo estudo. Periodicamente, a verdade científica vira mentira e, pensando bem, não há grandes novidades nem nas páginas de ciência.

E, infelizmente, não são tampouco grande novidade os acontecimentos terrificantes em hospitais. De cabeça, lembro agora o da senhora que mataram, injetando-lhe café com leite na veia. Anteriormente, em outro hospital, um paciente morreu, após lhe darem sopa também por via endovenosa. Mataram um terceiro, trocando por glicerina o soro que receberia. Administraram a recém-nascidos remédio contra verrugas por via oral, causando lesões horrendas e permanentes. Amputaram por engano o braço de um bebê. E, como é de nossa prática de povo cordial, tolerante e compreensivo, não vai haver responsáveis em qualquer desses casos e de inúmeros outros como eles, muito menos reparação para as vítimas. Nenhuma novidade.

No setor das grandes questões nacionais, o julgamento do mensalão se aproxima do fim, grande parte do suspense inicial já se foi e agora o que se espera é, no interessante dizer do comentarista que escutei no rádio de um táxi, a customização das penas, ou seja, a definição das punições que receberá cada um dos réus condenados, por sinistro desígnio da zelite. Acho difícil haver um problema que não tenha sido causado pela ação da zelite, é um grande achado. E talvez nele esteja, afinal, uma novidade. Não muito importante, quiçá, mas, na falta de outra, quebra o galho. Creio que já podemos cogitar da inclusão de "zelite" nos dicionários como mais um coletivo da lavra popular, com a observação de que por enquanto leva o predicado ao plural, mas no futuro talvez perca essa peculiaridade. 
Acredito que logo estaremos dizendo coisas como "a zelite não vai aceitar" ou "ele pertence à zelite paulista". Não deixa de ser uma contribuição ao vocabulário da perseguida língua portuguesa.

Resta, porém, definir direito o que é zelite. Não é muito fácil, pelo menos para quem acompanha o noticiário brasileiro. Por enquanto, lembra um pouco o que sucede com a palavra "democracia" e cognatas. Qualquer regime - e tem sido assim em toda a História contemporânea - pode apregoar ser uma democracia. A Alemanha Oriental era a República Democrática Alemã e a Coreia do Norte é oficialmente a República Democrática Popular da Coreia. Fenômeno semelhante acontece com a zelite, na direção oposta. É desejável ser democrático e é odioso ser da zelite; elogia-se com o primeiro e xinga-se com a segunda.

Além disso, a zelite vem desempenhando um papel comparável ao dos comunistas de antigamente. No Brasil, com a notável exceção de Oscar Niemeyer e Zecamunista, sofremos de uma lastimável escassez de comunistas sobre os quais fazer recair a culpa de tudo o que diabo apronta. Os comunistas, como testemunharão os mais velhos, tinham muita serventia e até moças de conduta avançadex, como se dizia, eram fruto da doutrinação dos comunistas. A zelite e seu braço direito, a imprensa venal, corrupta e a serviço de interesses tenebrosos, vêm preenchendo essa lacuna, tão aflitiva para quem não tem nada de substancial a dizer em sua defesa, a não ser, talvez, o inconfessável.

Mas que diabo é a zelite? Sabemos que a palavra vem de "elite". No caso, elite política e econômica. Imagina-se que a elite política seja composta por quem está no poder. Presidente da República é zelite política, assim como os que exercem alguma fatia do poder. Que outro critério haveria? Ou a elite política está diretamente no governo ou o exerce mediante fantoches e paus-mandados, caso em que, ao denunciar a zelite, estaria denunciando a si mesma. Qual a zelite que se opõe aos que estão no poder? A zelite financeira está com eles, os bancos prosperando e ganhando dinheiro como nunca, como já comentou o próprio ex-presidente Lula. A zelite empresarial também não parece descontente, a não ser quanto a um ponto ocasional ou outro. A zelite das empreiteiras, então, nem se fala. A zelite artístico-intelectual, além de não ter poder concreto para nada, não costuma pensar uniformemente. Não me ocorre nenhuma outra zelite à qual se possa atribuir a culpa dos infortúnios enfrentados pelos réus do mensalão. Quem aprontou a trapalhada foram eles, mas a culpa não é do despreparo e dos erros deles, é da zelite.

A palavra já cria raízes em nossa terminologia política e, ao que tudo indica, terá vida longa, porque serve para fingir que se está explicando alguma coisa. Foi pegado com a boca na botija ou mentindo deslavadamente, os planos deram errado? Distribua uma nota ou faça um discurso, mostrando como a responsável é a zelite. O pessoal ganha, chega ao poder já pela terceira vez, está no topo da zelite governante e, no entanto, a zelite, até mesmo através do voto, fica atrapalhando. É por essas e outras que dá vontade de arrolhar a zelite e sua imprensa e estabelecer aqui uma verdadeira democracia, igual à da Coreia do Norte.

 Fonte: O Estado de S.Paulo

quarta-feira, outubro 17, 2012

Aeroporto de Brasília recebe Licença Ambiental Prévia para obras de ampliação


jk brasilia
















O Aeroporto Internacional de Brasília/Juscelino Kubitschek recebeu nesta terça-feira (2/8) a Licença Prévia Ambiental para as obras de ampliação do Terminal de Passageiros. O documento foi expedido pelo Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental (IBRAN). 
  
“A Licença Prévia permite que a Infraero dê continuidade ao planejamento da empresa e inicie os processos de licitação para as diversas obras que integram a ampliação do aeroporto, como expansão do Terminal de Passageiros, construção do Centro de Manutenção e do novo Terminal de Logística de Carga”, destacou Mauro Cauville, superintendente de Meio Ambiente da Infraero.   

A licitação para contratação das obras de ampliação do Aeroporto de Brasília – orçadas em R$ 742,37 milhões – tem previsão de publicação do edital em outubro de 2011. Em maio deste ano, já foram iniciados os serviços de reforma do Terminal, com término previsto para dezembro de 2011. Além disso, também está em licitação a instalação do segundo Módulo Operacional do Aeroporto de Brasília. O primeiro Módulo está em funcionamento desde novembro de 2010. Após a conclusão dessas melhorias, o Aeroporto de Brasília terá capacidade para atender 26,5 milhões de passageiros por ano. 
  
“O planejamento da Infraero está sendo cumprido com total empenho. E a Licença Prévia é parte fundamental para a continuidade do volume de obras que integram o crescimento do Aeroporto Internacional de Brasília para atender a demanda”, disse o superintendente do aeroporto, Antonio Sales.

Fonte: Infraero

terça-feira, outubro 16, 2012

Gambá é encontrado no Senado...


O Senado recebeu um visitante inusitado nesta terça-feira: um gambá. O animal apareceu no anexo I da Casa, prédio onde ficam localizados os gabinetes de diversos senadores, como José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor de Mello (PTB-AL). 

Um funcionário encontrou o animal e entrou em contato com brigadistas que prestam serviços na Casa. Os servidores conseguiram colocá-lo em uma gaiola, e o gambá está à espera de servidores do Ibama - recebendo pão e água como alimentação. 

Não é a primeira vez que um gambá entra no Senado. Uma família de saruês, uma espécie do animal, foi encontrada vivendo em um buraco na parede da Casa há três anos. 

Em 2009, o serviço de prevenção de acidentes da Casa foi acionado para tentar exterminar uma colmeia de abelhas no gabinete do senador Alvaro Dias (PSDB-PR). Na época, dois funcionários foram picados. 

Em janeiro deste ano, uma servidora do Senado foi mordida no pé por uma ratazana. Na ocasião, agentes de limpeza do Senado encontraram ratazanas mortas na secretaria do Congresso. Foi realizada uma dedetização e uma desratização da sala e também da secretaria-geral da Mesa Diretora, que ficam no mesmo ambiente. 

A servidora trabalhava quando foi mordida no pé. Logo em seguida, ela foi atendida no Serviço Médico do Senado. Depois ficou de licença, em observação. As duas secretarias ficam próximas da presidência do Senado e das lideranças do PSDB e do PMDB. 

Os dois ambientes, responsáveis pela assessoria da Mesa Diretora especialmente durante as sessões, são repletos de documentos e livros

Fonte: Folha de S.Paulo

segunda-feira, outubro 15, 2012